CUT debate transição energética justa na COP29

Representantes da Secretaria Nacional de Meio Ambiente da CUT estiveram presentes na Conferência da ONU, no Azerbaijão

Escrito por: Bruna Provazi
Crédito das fotos: CUT Brasil

 

A Conferência das Partes da ONU sobre a Mudança do Clima terminou na última sexta-feira, dia 22, na cidade de Baku, no Azerbaijão. Não houve consenso internacional sobre um acordo para financiar o combate ao aquecimento global. A Central Única dos Trabalhadores participou do evento como representante da sociedade civil e defendeu a transição energética justa, além do financiamento climático.

Os países ricos propuseram aumentar o investimento em projetos para a crise climática, passando dos atuais 100 bilhões de dólares por ano para 250 bilhões até 2035. No entanto, este valor é menos de um quinto da quantia esperada pelos países emergentes. O Brasil e outros países do Sul Global defendem 1 trilhão e 300 bilhões por ano em investimentos.

Rosalina Amorim, Secretária Nacional de Meio Ambiente da CUT e uma das representantes da entidade na COP29, criticou o valor proposto e reafirmou a importância da transição do modelo de energia para mitigar os impactos da crise:

“250 bilhões é muito aquém do que se esperava para combater a emissão de gases do efeito estufa no mundo. Nós da CUT debatemos também a transição energética justa, e para haver transição justa é preciso incluir a participação dos trabalhadores e discutir sobre trabalho decente e a garantia dos direitos sociais”, afirma Rosalina.

Rosalina foi mediadora do painel de debate “Transição justa e trabalho: conectando o campo à cidade”, que ocorreu no dia 18 de novembro, no Pavilhão Brasil, em Baku. O painel foi composto por representantes das entidades FASE, CATP, CONTAG, Fórum Rural Mundial e do Ministério de Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar.

Painel transição justa - CUT COP29

Rumo à COP30

 

Após o encerramento da COP29, a atenção e a expectativa internacional se direcionam para a próxima edição do evento. Segundo Vera Paoloni, presidenta da CUT Pará e integrante da delegação brasileira:

“O Brasil tem a segunda maior delegação na COP, o que demonstra interesse do povo brasileiro em discutir o clima. No entanto, o evento se encerra com muitas dúvidas e críticas tanto ao valor do financiamento internacional quanto à falta de acesso a esses recursos. Os países que mais emitem não querem contribuir. A partir deste momento, tudo se volta para a COP30, que ocorrerá em 2025 no Brasil, em Belém do Pará”.

Prevista para acontecer em novembro, na capital paraense, a COP30 tem a participação da sociedade civil como um dos principais objetivos.

Assista ao painel “Transição justa e trabalho: conectando o campo à cidade”

 

 

Tags :
Destaques,Notícias
Share This :