Formação de multiplicadores promovida pela FASE com lideranças de mais de 15 estados terminou neste mês de agosto
Escrito por: Bruna Provazi
Crédito das fotos: FASE/Divulgação.
Lideranças de cerca de vinte organizações sociais e sindicais estiveram reunidas no Programa Nacional de Formação de Multiplicadores(as) sobre Agricultura, Floresta e Justiça Climática. O curso foi promovido pela FASE (Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional) e ocorreu em três módulos: em março, no Rio de Janeiro, e em junho e agosto, em Brasília.
O Programa buscou fortalecer a atuação de lideranças do campo, das florestas e das águas nos espaços de incidência climática nacional e internacional, a fim de garantir uma transição efetivamente justa. Ao longo dos três módulos, os movimentos puderam aprofundar e trocar conhecimentos e debater propostas conjuntas de ação.
Crédito da foto: FASE/Divulgação.
Participaram do curso mais de 40 lideranças de organizações sociais da Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e do Pampa, em sua maioria (61%) mulheres. Letícia Tura, integrante da FASE e uma das organizadoras do evento, avaliou como positivo esse alcance e representatividade de público, assim como seu papel de multiplicadores da ação. Segundo ela:
“Os participantes vieram de mais de 15 estados do Brasil, representando entidades, redes e movimentos sociais, incluindo negros e negras, quilombolas, indígenas, marisqueiras, agricultores familiares, pescadoras e sindicalistas. Eles(as) puderam multiplicar os vários materiais do curso em suas organizações e exercitar os aprendizados em suas atividades de incidência e participação política que praticam em seu dia-a-dia”.
Para a CUT, o debate entre diferentes organizações a respeito do mercado de carbono voluntário confirmou a necessidade de termos uma arquitetura de governança pública, com quadros legais definidos de regulação e, principalmente, com controle social. As desigualdades, tensões nos territórios e violações de direitos só serão superados com a participação, organização e autonomia das comunidades locais. E é dessa forma que seu direito à terra será garantido.
Letícia também destacou como positivo o diálogo estabelecido com representantes do poder executivo federal que atuam nas instâncias da governança climática nacional, como o MMA e o MRE; com representantes do MPF e AGU, que enfrentam desafios da pauta climática nos territórios e nas políticas públicas; e com diversos pesquisadores do tema.