Dirigentes sindicais debatem transição energética em seminário

Secretário de Meio Ambiente da CUT Nacional

Evento realizado pela Contraf-CUT reforçou importância da participação popular na mudança para modelo sustentável de energia

 

Crédito da imagem: Reprodução Rede TVT.

 

Dirigentes sindicais bancários se reuniram no dia 8 de maio para debater o papel das entidades no processo de transição para um modelo energético sustentável. O seminário “Impactos e Desafios para uma Transição Justa e Desenvolvimento Sustentável” foi promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e ocorreu de forma híbrida, online e na sede da entidade, em São Paulo.

As medidas para transição energética justa que vêm sendo adotadas na América Latina e na Europa, com a participação dos trabalhadores e trabalhadoras, foi o tema central da atividade, que contou com palestrantes brasileiros e de países como Reino Unido, Uruguai e Argentina.

O representante da Secretaria de Meio Ambiente da CUT Nacional, Daniel Gaio, apresentou a visão cutista e as propostas defendidas pela entidade para a classe trabalhadora. Gaio destacou a importância de se debater a transição energética justa a partir da perspectiva do sul global, tendo como referência as propostas defendidas pela Confederação Sindical das Américas (CSA), e reafirmou a necessidade de participação das entidades trabalhistas nas conferências do clima.

Gaio relembrou crimes socioambientais recentes, como no caso das mineradoras, em Belém, e da Braskem, em Maceió, os quais foram pouco repercutidos na grande mídia e pouco investigados em relação às causas, consequências e ações de mitigação.

 

“A maior parte de emissões no Brasil são provenientes do agronegócio, e não dos carros a diesel. A mídia afirma que se nós enchermos o país de carro elétrico e torre eólica nós vamos salvar o planeta. O capitalismo verde tenta vender isso como solução. Mas nós sabemos que muitas vezes o que ocorre é o contrário, isso se converte em mais crime, desigualdade e impactos socioambientais, seja pelas baterias, pelos desertos causados pelas placas solares ou pelos impactos trazidos pelas torres eólicas. Portanto, precisamos discutir não apenas a transição, mas sim todos os processos produtivos e, sobretudo, o atual modelo de produção e de consumo”, ressalta Daniel Gaio.

Por fim, o secretário de Meio Ambiente da CUT citou o relatório lançado pela Organização Internacional do Trabalho como referência para debater o tema da transição justa junto às entidades sindicais e à classe trabalhadora.

 

Assista à reportagem da Rede TVT:

 

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